C. C. I. Francisco Ribeiro

por India Porã publicado 27/10/2017 17h15, última modificação 19/01/2018 14h43
C. C. I. Francisco Ribeiro na cidade de Indiaporã-SP.

 

Rua Oswaldo Vieira de Queiroz em Indiaporã-SP

FRANCISCO RIBEIRO (Francisco Cláudio)

Nasceu dia    /     /

na cidade de __________

Conhecido popularmente como Chico Cláudio por ser filho do senhor Cláudio Ribeiro.

Faleceu dia 08/junho/1982 com ____ anos de idade.

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FRANCISCO RIBEIRO (Francisco Cláudio)

          Filho do senhor Cláudio Ribeiro e Antoninha

         Teve 13 irmãos, sendo 07 que mudaram para Indianópolis, juntamente com os pais: Luís Ribeiro (Luís Cláudio) e família, Manoel Ribeiro de Azambuja (Manoel Cláudio), Dirceu Ribeiro (Fiíco Cláudio), Francisco Cláudio, Totó Ribeiro, dona Fia Ribeiro Faria e Custódia Ribeiro Arantes (Todinha).

         Vieram de Paulo de Faria, no ano de 1940.

         Compraram uma propriedade dos irmãos Moura, César e Alberto, sendo 370 alqueires no córrego da Aroeira e Pádua Diniz e mais 73 alqueires no córrego da Cabaça.

         O senhor Francisco Cláudio veio em 1939, um ano antes de seu pai e seus irmãos, pois havia comprado do senhor César Moura uma propriedade de 210 alqueires de terras; recebeu mais 150 alqueires de herança deixada pelo seu sogro, senhor Joaquim Corrêa de Morais e dos pais recebeu mais 60 alqueires perfazendo um total de 420 alqueires de terras.

         Toda a família veio diretamente para o córrego da Cabaça, porque no córrego da Aroeira dava muita maleita.

         O senhor Francisco Cláudio era casado com a senhora Maria Corrêa de Morais e conceberam os filhos: Cláudio (Claudinho), Clara, Carmem, Sebastião, Carmelita e Carlos (Carlito).

         Dona Maria Corrêa de Morais faleceu em 1939, na cidade de Paulo de Faria.

         Viúvo, o senhor Francisco Cláudio se casou novamente no dia 05 de maio de 1942 com a senhora Servilha Izidoro Ribeiro e o casal teve 08 filhos: Clarice, Cacildo, Custódio, Carivaldo, Clarionice, Cleuza, Claudete e Cleide.

         O meio de transporte utilizado para todas as mudanças foi o carro de bois. O grupo familiar que veio em 1940 era composto de 67 pessoas, o patriarca, senhor Cláudio Ribeiro e esposa, filhos, noras, genros e netos.

          Por este motivo, a frota foi composta de 06 carros de bois da própria família e muitos cavalos, arreados com arreios para os homens e cilhão para as mulheres sendo que as crianças viajavam dentro dos carros.

         Trouxeram na mudança várias armas de fogo, como carabinas, calibre 44 e revólveres, calibre 38.

          Não eram caçadores, mas os contratavam para eliminar as onças que atacavam seus animais domésticos.

          O senhor Cláudio Ribeiro, patriarca da família, também morou em uma casa em Indiaporã, na esquina das ruas Manoel Urquiza Nogueira com a Domingos Simões Marques. Era uma casa grande, feita de tijolos em cima de baldrames de aroeira, alta e com escadarias.

          Devido a sua idade avançada suas estórias eram sempre engraçadas, o que relatei nas crônicas a seu respeito; nada que o desabone é feito com a permissão de seus familiares. Faleceu em Fernandópolis, aos 103 anos de idade.

          O senhor Francisco Cláudio era um homem que participava de todos os eventos em prol da comunidade. Ajudou a construir a primeira escola da Vila de Indianópolis, foi festeiro das festas de igreja e sua cuja função era organizar a festa, pedir prendas, mandar imprimir os programas, contratar a banda de música, arrumar leiloeiro, construir o barracão que era feito de pau-a-pique coberto de folhas de bacuri, ceder os lugares próprios para as barraquinhas onde se vendia quentão, comida, bebida, etc., vendedores de bolas, bexigas e outra bugigangas.

          As festas, geralmente, duravam 10 dias, iniciando numa 6ª feira, indo terminar no domingo da semana seguinte. Geralmente o festeiro mudava-se para a cidade até passar esse período de festa, depois voltava para a fazenda.

          Outros participantes das festas também vinham de longe, em carros de bois. Ficavam na vila durante os 10 dias e, às vezes, se contavam até 10 carros, localizados em pontos diferentes, mas sempre por perto do largo da igreja, com suas respectivas famílias instaladas em barracas.

          O senhor Francisco Cláudio também ajudou na construção do clube social, comprometendo-se a correr uma lista, na obrigação de arrecadar dez mil cruzeiros. O tempo era indeterminado e, se não arrecadasse a importância tinha de pagar do próprio bolso.

          Pagou! Como? Não sei, eu fazia parte da comissão, mas não era o tesoureiro.

          Além de ser um homem alegre, comunicativo e servidor, Francisco Cláudio foi um dos primeiros fazendeiros da região que adquiriu veículo motorizado. Comprou uma Kombi, em que viajei de carona com ele por diversas vezes até a cidade de São José do Rio Preto.

          Sua principal fonte de renda eram porcos gordos, gado leiteiro e de corte. Os principais compradores foram o senhor Nicolau Lopes, proprietário do Frigorífico Bandeirantes, de São José do Rio Preto. Vendia também milho e madeira.

          Mudou-se posteriormente para São José do Rio Preto e de lá para Porangatu, Goiás, onde veio a falecer em 08 de junho de 1982.

          Entrevistado: Cláudio Ribeiro Corrêa (Claudinho)

          Entrevistador: Adelino Francisco do Nascimento

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Texto extraído do Livro Memórias de Indiaporã, Editora Ferjal 2000, Adelino Francisco do Nascimento, páginas 67 à 70.

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