Rua Cândido José da Silva
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Lei 17/1965 Indiaporã SP 03/12/1965 - Rua Cândido José da Silva
Lei 338/1986 Indiaporã SP 24/11/1986 - Rua Cândido José da Silva - prolongamento
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CÂNDIDO JOSÉ DA SILVA (Cândido Marques) Veio de Guapiaçú, no ano de 1934. Trouxe, juntamente consigo, sua esposa dona Jacinta Inocência de Souza e também os filhos, que eram os seguintes: Ana Cândida da Silva, José, Sebastião, Ambrozina, Otávio, Geraldo, Mário, Maria e Marciano. Recebeu de herança de seu sogro, Manoel Dutra de Sant’Ana, 120 alqueires de terras. O meio de transporte foi o carro-de-boi e o roteiro da viagem foi Rio Preto, Tanabi, Vila Marinheiro, córrego da Estiva e, finalmente, sua propriedade no córrego do Formoso. Ao chegar, depois que descarregaram a mudança, se expressou com sua esposa dona Jacinta: “estamos aqui, em nossa propriedade, agora só temos que pensar no progresso e no trabalho”. Não deu outra. Com seus esforços e também o de sua família, levou sua propriedade de 120 para 500 alqueires, em pouco tempo. Trouxe consigo, 50 novilhas, um carro com 12 bois e 5 cavalos. Este é um fato inédito, pelo menos até gora. Tinha no bolso, a sobra do dinheiro da viagem, um conto e quatrocentos mil réis. Trouxe uma carabina de 12 tiros e um revólver 38 Shimit. Não era caçador e nem pescador. Sempre ajudava os vizinhos, socorrendo-os com remédios, cereais e lhes trazia encomendas de Tanabi. Sempre foi católico e ajudava a igreja de Tanabi, posteriormente, a de Indiaporã. Era festeiro de Santos Reis. Fazia festa todos os anos, em respeito à tradição de seu pai. Sua família mantém o costume. Fazem a festa todos os anos, e a bandeira de Santos Reis muda de endereço, percorrendo a casa de todos os filhos. As viagens, de ida e volta para Tanabi, duravam uma média de 13 dias e na ida eles dormiam por cima dos porcos. Estes eram colocados no assoalho do carro e, acima, colocava-se uma ripa do tipo de mesa, botava-se um couro e forrava-se com um colchão de palha ou capim. Estava pronto o segundo andar e, mais acima, ia um toldo do tipo faroeste. Levavam todos os apetrechos para cozinha. Geralmente negociavam-se as mercadorias com o senhor Fuade Turco, que era o maior comerciante da cidade. Comprava os porcos e vendia sal, arame, açúcar, querosene, calçados, tecidos, chapéus, etc. Os remédios consumidos eram comprados de um farmacêutico de Tanabi, que era um respeitado senhor, muito competente em seu trabalho. Eu o conheci pessoalmente. Da primeira vez que o vim jamais me esquecerei. Foi num dia de festa em Cosmorama, em 1942. Neste dia,foi inaugurado o campo de aviação de Cosmorama, e ele chegou pilotando um avião tipo paulistinha, o que contrastava com seu porte físico, pois ele era forte, alto e gordo, e o avião, o menor que já vi até hoje. Anteriormente, vendia-se capado gordo em Tanabi, e os garrotes para engorda eram vendidos aos moradores da região. Os compradores geralmente eram senhores Ventura Barbeiro, Elpídio Pinheiro e Miguel Basílio. O senhor Cândido Marques deixou toda a sua propriedade de herança para os filhos, e todos aumentaram suas terras e outros bens. A esposa do senhor Cândido Marques, dona Jacinta, era quitandeira famosa. Fazia caprichosamente as quitandas, tais como, roscas, pão caseiro, biscoitos, bolachas e brevidades. Até hoje os seus descendentes conservam essa tradição e quem duvidar é só ir à casa de qualquer um dos seus filhos na noite de São Pedro e comprovará. Pesquisa realizada em 27 de novembro de 1996. Entrevistados: senhor Otávio Cândido da Silva. Entrevistadores: Adelino Francisco do Nascimento e Júlio Roberto de Sant’Anna ========================================================================= Texto extraído do Livro Memórias de Indiaporã, Editora Ferjal 2000, Adelino Francisco do Nascimento, páginas 29 à 32. ========================================================================= Cândido José da Silva está sepultado no Cemitério de Indiaporã. Faleceu no dia + 28/09/1965 com 75 anos de idade.
Data de Nascimento_______ Local de Nascimento______ Pai_____________________ Mãe_____________________ |
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