Rua Faustino Moreira Gonçalves
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Lei 49/1977 Indiaporã SP 07/10/1977 - Rua Faustino Moreira Gonçalves
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FAUSTINO MOREIRA GONÇALVES O senhor Faustino Moreira Gonçalves foi casado com a senhora Maria Trindade Nunes e desta união nasceram os filhos: Afonso, Alaíde, Almerinda, Delcides, Inéria, Agnel, Iolanda, Nalzira, Antonio (Nenéco), Ozir, Dagmar e Magnólia. Vieram de Campina Verde, Minas Gerais, em 1937. O meio de transporte foi o carro de bois. Vieram em 3 carros-de-boi, sendo um de sua propriedade e os outros, alugados, porque vieram também juntamente com o senhor Faustino, as famílias dos meeiros, Simãozinho, que era seu cunhado, sua esposa dona Maria Edwirges Moreira e família do senho João Luiz e esposa, dona Maria Brasileira. Trouxe também, além dos bois do carro, gado leiteiro e porcos, estes vieram tocados a pé pelos homens que acompanhavam as famílias, sendo o responsável pelo trabalho o senhor Antonio Simão (Toniquinho), filho do senhor Simãozinho. Na travessia da mudança, no porto da Quiçaça, para desespero de todos, um boi carreiro, que atendia pelo nome de Paião, morreu afogado nas águas do Rio Grande. O tempo gasto na viagem foi de 12 dias. O senhor Faustino adquiriu 400 alqueires de terras do senhor Napoleão Moura, encravadas na beira do Rio Grande, na margem esquerda do ribeirão Pádua Diniz. Levaram 6 anos para abrir a fazenda. Por esse motivo, foram morar na fazenda do senhor Napoleão Moura, que ficava a uma distância de 12 quilômetros, mais ou menos, até poderem se mudar para a sua propriedade. Seus filhos estudaram na escola feita de pau-a-pique que havia no povoado de Itaporã, povoado este que ficava nas proximidades da fazenda do senhor Napoleão Moura. O professor da escola era o senhor Florentino. O senhor Faustino era solidário com seus meeiros, dividindo corretamente a produção. Também fazia doações de gado para ajudar na construção da capela e igreja e participava dos mutirões para construir estradas e pontes. O Porto Santa Rosa foi construído em sua propriedade, motivo pelo qual hospedava muitos viajantes. Possuía também engenho de cana de açúcar, no qual toda a família trabalhava, fazendo rapaduras, melado e puxa-puxa. Tinha também uma olaria, cujo oleiro era o senhor João Luiz. Dona Maria Trindade, sua esposa, era mulher de muitas qualidades. Fazia polvilho, biscoitos, brevidades, queijos, requeijão flamengo e doces. Era fiandeira e organizava mutirões de mulheres para fiar, além de ensinar todas as filhas a fazer todo o serviço doméstico com a mesmo capricho que ela fazia. A renda familiar era obtida através da venda de gado e porcos e das sobras do que era gasto pelas famílias, sua e dos meeiros, sendo que os compradores eram o senhor Salomão e os vizinhos do senhor Faustino. A região era muito rica em peixes, por isso o pessoal da fazenda pescava para o consumo da família. O senhor Faustino fazia compras para o consumo, primeiro, em Santa Rosa, hoje Iturama, Minas Gerais, posteriormente em Vila Pereira, hoje Fernandópolis, e finalmente, em Indianópolis, num armazém que pertencia ao senhor Calixto Turco. Faleceu em 31 de março de 1977, com 83 anos de idade. Pesquisa realizada em 20 de dezembro de 1996. Entrevistada: Sua filha Dona Inéria Entrevistador: Adelino Francisco do Nascimento. ======================================================================= Texto extraído do Livro Memórias de Indiaporã, Editora Ferjal 2000, Adelino Francisco do Nascimento, páginas 48 e 49. ======================================================================= Data de Nascimento: ___________ local: _____________ Pai: __________________________ Mãe:_________________________ |
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