Rua Orozimbo Luiz Arantes

por India Porã publicado 22/09/2016 19h50, última modificação 19/01/2018 08h42
Rua Orozimbo Luiz Arantes na cidade Indiaporã passou a ser a nova denominação da antiga Rua Luiz Arantes que havia sido denominada quando o município ainda pertencia a Fernandópolis, conforme a Lei 31/1973 Indiaporã SP 16/08/1973, projeto do prefeito Cláudio Ribeiro Corrêa.

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Lei 31/1973 Indiaporã SP 16/08/1973 - Rua Orozimbo Luiz Arantes

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Rua Oswaldo Vieira de Queiroz em Indiaporã-SP

OROZIMBO LUIZ ARANTES

Nasceu dia 26/12/1894

na cidade de

Faleceu no dia 04/08/1973 com 78 anos de idade. 

Esta Rua denominada com o seu nome, pois já se chamava Arantes em menção à sua família.

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              O senhor Orozimbo Luís Arantes era casado com a senhora Francisca Azambuja e conceberam 13 filhos: Adil, Atacyl, Adito, Aci (Cici), Ani, Sebastião, Arlito, Daul, Vicente, Cândida, Ayres, Maria Áurea e Antônio.

               O senhor Orozimbo ficou viúvo e casou-se pela segunda vez com a senhora Altair Menezes Prata, mudaram-se para a fazenda Água Vermelha e o casal teve 04 filhos: Otenevil, Orozimbo, Januária e Adélia.

               Vieram de Paulo de Faria, em 1941, transportados por caminhão, sendo que os filhos Adil, Atacyl e Adito vieram em 1939, de carro de bois.

               O senhor Orozimbo adquiriu uma propriedade de terras que continha 1.200 alqueires, que foram permutados por 190 alqueires em Paulo de Faria, com os senhores Napoleão e César Moura.

               Trouxeram vários meeiros, que vieram em carros de bois e dentre eles Alfredo Ferreira, Orozino Ferreira, Bentinho e seu cunhado Belarmino, Joaquim Carrinho, Chico Coleta e seu cunhado, Miguel Matias. O senhor Nofredo e família já moravam na fazenda.

               O senhor Orozimbo trouxe 10 vacas leiteiras, cavalos e porcos e armas de fogo, como uma carabina 44 e um revólver 38.

               Não era caçador e nem pescador.

               Era católico e participava das festas de igreja e foi festeiro no ano de 1946. Dava bons exemplos, era um bom conselheiro e sempre interferia nas desavenças dos vizinhos para a conciliação, além disso, também hospedava em sua casa os viajantes que passavam pela estrada, com destino a Minas Gerais.

               O senhor Orozimbo Arantes não participava das comissões sociais que se organizavam, mas ajudava financeiramente com tudo o que lhe pedissem. Colaborou com a construção de pontes, escola, clube, campo de aviação, postes para energia elétrica, etc.

               Filosofia: Certa vez, conversando sobre negócios, ele me disse que é preciso ter dinheiro para se fazê-los, porque, com o dinheiro, bons negócios não vão faltar.

               Curiosidade: Na sua fazenda habia uma bomba d’água interessante. Puxava água do córrego para uma caixa que ficava lá em cima, ao lado da casa. Chama-se ariete ou carneiro, e a gente ficava horas e horas vendo a geringonça trabalhar.

               A sua principal fonte de renda era gado e porcos. O gado era tocado para Barretos ou Rio Preto. O capataz dos boiadeiros era o senhor José Teodoro e os peões eram Jerônimo Severino e seus filhos. Os porcos eram vendidos aos senhores José Salim ou Salomão Ansão. O senhor Orozimbo sempre trajava um terno de brim, de preferência cáqui, de marca Argos.

               Faleceu no dia 04 de agosto de 1973, com 82 anos de idade.

               Deixou a propriedade de herança para os filhos.

               Entrevistado: Adito Luiz Arantes.

               Entrevistador: Adelino Francisco do Nascimento.

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Texto extraído do Livro Memórias de Indiaporã, Editora Ferjal 2000, Adelino Francisco do Nascimento, páginas 86 e 87.

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